PH De Portas Abertas: mostra a força da liderança feminina na indústria
“Não precisamos abrir mão de quem somos para conquistar nosso espaço. Podemos ser líderes, gestoras e especialistas sem perder nossa essência.”
Gabrielly Cristini de Matos Silva – Gerente de Unidade
A presença feminina na indústria não é apenas uma conquista individual, mas um avanço coletivo que fortalece todo o setor. Mulheres como Gabrielly Cristini de Matos Silva são protagonistas de uma transformação que torna a indústria mais eficiente, inclusiva e sustentável.
Liderar uma das maiores unidades da PH, com 240 colaboradores e 100 equipamentos, é um desafio que Gabrielly abraçou com confiança e paixão. Sua trajetória na siderurgia começou cedo, impulsionada por um legado familiar e pelo amor genuíno pelo setor. Desde os 18 anos, ela construiu uma carreira sólida, passando por diversas funções até chegar à posição que ocupa hoje.
Mais do que crescer profissionalmente, ela abriu caminho para outras mulheres que, ao olhá-la, enxergam a possibilidade de também alcançar o topo. Confira o bate-papo com a líder da segunda maior unidade da PH.
Liderar 240 colaboradores num universo predominantemente masculino parece um desafio e tanto. Qual o segredo para esse sorriso no rosto e a leveza no seu olhar?
Primeiramente, sou grata à PH pela confiança. Quando assumi a unidade de Resende, senti o peso da responsabilidade, mas também enxerguei uma oportunidade incrível de mostrar que liderança não tem gênero. Meu compromisso sempre foi criar um ambiente de respeito e colaboração, onde todos se sintam valorizados e motivados a dar o seu melhor. Hoje, olho para trás e vejo como essa jornada moldou não apenas minha trajetória, mas também a de tantas outras mulheres que enxergam na minha história uma inspiração para seguir crescendo.
Como você chegou até esse cargo?
A siderurgia faz parte da minha vida desde sempre. Meu avô e meu pai trabalharam na área, e, quando chegou minha vez de ingressar no mercado de trabalho, segui esse caminho naturalmente. Comecei aos 18 anos na Votorantim, e, desde então, me apaixonei pelo setor. Ao longo dos anos, fui crescendo dentro da PH, passando por diferentes funções até chegar à liderança da unidade de Resende. Essa trajetória foi desafiadora, mas também extremamente gratificante. Mais do que um setor, a siderurgia é parte da minha identidade.
O que foi feito em Resende em sua gestão?
Desde o início, meu foco foi humanizar as relações e reforçar a nossa cultura que é baseada no respeito e na cooperação. Uma das primeiras mudanças que implementei foi transformar a sala da gerência em um espaço compartilhado com a equipe. Essa proximidade fortaleceu o diálogo e aumentou o engajamento dos colaboradores. Hoje, os resultados dessa gestão humanizada são visíveis: o clima organizacional melhorou significativamente, e os indicadores operacionais refletem esse impacto positivo. Em janeiro deste ano, por exemplo, alcançamos produção junto ao nosso cliente um recorde de produção na aciaria, um marco que mostra quanto uma equipe motivada e unida pode conquistar.
Você tem a consciência do quanto isso é transformador para outras mulheres?
Sem dúvida. Cada mensagem que recebo de uma colega, cada olhar de admiração de uma mulher que vê em mim um exemplo de que é possível crescer na indústria, reforça a importância desse papel. Saber que estou ajudando a abrir portas para outras mulheres me motiva a seguir em frente. A PH confiou sua segunda maior unidade a uma mulher, e isso por si só já é um grande passo. Estamos provando que as mulheres podem e devem ocupar espaços estratégicos no setor. O impacto vai muito além da minha carreira: estamos construindo um legado de transformação e inclusão.
Quais iniciativas a empresa pode implementar para incentivar outras mulheres a entrarem na indústria?
O primeiro passo é ampliar as oportunidades. Aqui na unidade, trabalhamos ativamente para aumentar a participação feminina. Já tivemos a primeira operadora de Pá Carregadeira e de Escavadeira e seguimos incentivando outras mulheres a ocuparem posições técnicas e de liderança. Fechamos 2024 com 10% do nosso efetivo formado por mulheres, e nossa meta é chegar a 14% este ano. Para isso, criamos programas de desenvolvimento e mentorias, garantindo que todas tenham suporte para crescer profissionalmente. A presença feminina na indústria não é apenas uma questão de equidade, mas um fator de inovação e competitividade.
Celebrando o Dia Internacional da Mulher, qual mensagem gostaria de deixar para as mulheres na sociedade?
Quero que todas as mulheres saibam que não precisamos abrir mão de quem somos para conquistar nosso espaço. Podemos ser líderes, gestoras e especialistas sem perder nossa essência. Competência e talento não têm gênero. Meu desejo é que cada vez mais mulheres se sintam confiantes para ocupar seus lugares, sem medo de desafios. Acreditem em vocês, se apoiem e inspirem umas às outras. O futuro da indústria está sendo moldado por mulheres fortes e determinadas – e isso é apenas o começo!